Cirurgia Micrográfica De Mohs
Cirurgia Micrográfica de Mohs é um método cirúrgico e laboratorial que permite ao cirurgião retirar apenas o tumor, controlando microscopicamente todo o procedimento e poupando a pele saudável no local.
Consequentemente, possibilita mais segurança em relação à cura, pois a avaliação das margens é feita antes de se proceder o fechamento cirúrgico, gerando cicatrizes menores que na técnica convencional, na qual é preciso retirar uma maior margem de segurança.
O cirurgião retira o tumor sem margem de segurança alargada, de forma a preservar o máximo de tecido sadio possível e consequentemente a função e a estética do local. Após a confecção de um verdadeiro mapa com imagens, o exame micrográfico analisa toda a margem cirúrgica e mostra se há ou não a necessidade de retirar, no mesmo tempo, tecido ainda acometido, até que todo o câncer seja retirado. .
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A Cirurgia Micrográfica também é indicada para tumores com margens mal delimitadas, áreas críticas – como o redor dos olhos, orelhas, nariz, boca – e outras regiões em que a extensão do tumor pode provocar deformidades após a cirurgia. Essa cirurgia é feita normalmente em clínica, sem a necessidade de hospital, com anestesia local, sendo que em alguns casos, pode associar-se a sedação anestésica para permitir mais conforto ao paciente.
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Dez questões comuns sobre Cirurgia Micrográfica de Mohs no tratamento do câncer de pele:
A Cirurgia Micrográfica de Mohs é uma técnica que remove tumores cutâneos de forma extremamente exata, porque retira apenas o câncer evitando a retirada excessiva de tecido sadio peri-tumoral. Consequentemente, o defeito cirúrgico final e a cicatriz, podem ser menores do que com a técnica convencional.
1. O que é a Cirurgia Micrográfica de Mohs?
Cirurgia Micrográfica de Mohs é um método cirúrgico e laboratorial que permite ao médico retirar apenas o tumor, mapeando por imagens e controlando microscopicamente todo o procedimento.
2. A Cirurgia Micrográfica de Mohs pode ser indicada para quais tipos de doenças?
Ela é indicada em cânceres da pele, principalmente aqueles com margens pouco visíveis, ou em situações em que poupar milímetros tem importância estética ou funcional, como no caso dos tumores na face, e em todo câncer que voltou depois de ter sido operado ou cauterizado (recidiva).
3. Como é realizada esta técnica? Quando começou a ser utilizada?
A Cirurgia Micrográfica de Mohs surgiu na década de 30 nos EUA, com Frederic Mohs. Atualmente, é realizada geralmente de forma ambulatorial, sob anestesia local. O cirurgião retira o tumor sem margens alargadas, de forma a preservar o máximo de tecido sadio possível. O exame micrográfico analisa toda a margem cirúrgica e decide se há ou não a necessidade de retirar mais tecido acometido pelo tumor.
4. Quais são os tumores que podem ser retirados com a cirurgia Micrográfica de Mohs?
O tipo de câncer mais operado com cirurgia micrográfica de Mohs é o carcinoma basocelular (câncer de pele mais comum entre pessoas de pele clara). Também outros, como os carcinomas espinocelulares (tumor de pele mais invasivo e com desenvolvimento mais rápido) e certos tipos de melanomas superficiais. Também é indicada para tumores com bordos/margens mal delimitadas, para áreas críticas como perto dos olhos, orelhas, nariz, boca e outras regiões em que a extensão do tumor poderia provocar deformidades após a cirurgia.
5. Todo dermatologista está apto a realizar esta técnica?
Não. A Cirurgia Micrográfica de Mohs necessita de um treinamento especial. Do ponto de vista técnico, ela é um procedimento complexo. Daí a necessidade de aprendizado mais profundo. Desde 2018 a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Dermatologia certificam os profissionais aptos para tal técnica.
6. A Cirurgia Micrográfica de Mohs representa avanço no tratamento dermatológico?
Sim, ela representa um avanço porque em muitas situações, nunca saberíamos realmente se o tumor foi retirado ou não sem o uso da técnica. Somente a Cirurgia Micrográfica pode nos revelar claramente se o tumor foi totalmente retirado ou como ele era na realidade, sem necessidade de remover o tecido sadio em excesso. Esta técnica cirúrgica une a menor margem cirúrgica e cicatriz possíveis, com a maior taxa de cura.
7. Qual a diferença e as vantagens entre esta técnica em comparação ao congelamento convencional?
O congelamento convencional, assim como exame em parafina no laboratório, é feito também por amostragem. O exame micrográfico na cirurgia de Mohs não se faz por amostragem, examina-se a totalidade da margem cirúrgica.
8. Existe uma preparação especial do paciente para a realização da cirurgia Micrográfica de Mohs?
Não. A cirurgia em si é muito semelhante a uma cirurgia comum. O que diferencia é o mapeamento com imagens e o exame histopatológico durante o ato cirúrgico, controlando a remoção.
9. Quais são os cuidados no pré e no pós-operatório dessa cirurgia?
Os mesmos de uma cirurgia ambulatorial comum.
10. No Brasil, a prática da Cirurgia Micrográfica de Mohs é comum? Por que?
Nos Estados Unidos sim, muito comum! Aqui, infelizmente a Cirurgia Micrográfica de Mohs ainda não é um procedimento difundido, pois temos poucos cirurgiões dermatológicos que se dedicaram a aprender corretamente o método. A escassez de especialistas nesta técnica torna difícil a difusão adequada do conhecimento. Além do mais, não é tão simples se montar a estrutura laboratorial e a equipe adequada para trabalhar conjuntamente.
Fonte: adaptado de sbcd.org.br, L.F.F.Kopke.